11 fatores que desencadeiam ou pioram as alergias

Homem em uma academia andando de bicicleta

Há várias razões para que os sintomas da alergia apareçam e muitas situações presentes no cotidiano são capazes de causar ou agravar uma alergia, como a rinite e a urticária. Entender melhor quais são elas nos ajudam a prevenir e evitar esses gatilhos, quando possível.  

Veja abaixo os principais desencadeadores da rinite alérgica e da urticária e procure fugir desses fatores no dia a dia. 

Ácaros¹


Os ácaros estão presentes nos lares em todo o mundo, e são os principais responsáveis por prejudicar o nariz de quem sofre com rinite alérgica. Para ter uma ideia melhor, os ácaros carregam mais de 20 componentes, já identificados como alergênicos, sendo consideradas as mais importantes as partículas de suas fezes.  

 Colchões e travesseiros são os locais preferidos para a proliferação, já que os bichinhos também se alimentam das descamações da pele humana. Carpetes, almofadas e cobertores também são lares dos temidos ácaros. Portanto, manter a casa sempre limpa, além de higienizar com frequência os lençóis, os travesseiros e os outros itens, é fundamental para minimizar as manifestações alérgicas. 

Fungos¹


Aqui damos nomes aos meliantes: Cladosporium sp, Aspergillus sp, Alternaria sp e Penicillium notatum são os principais fungos que desencadeiam alergias respiratórias, como a rinite. Normalmente se proliferam em ambientes úmidos, sejam eles por um aumento na umidade relativa do ar, como pela presença de algum vazamento dentro de casa. Por isso, não culpe apenas o tempo frio pelo agravamento da rinite. Os fungos podem, sim, estar envolvidos. 

Baratas¹


As baratas, que são tão comuns no Brasil, podem ser uma das responsáveis por causar rinite alérgica. O motivo é que esses insetos soltam continuamente proteínas provenientes da renovação corporal e decomposição, além de saliva, material fecal e secreções. Todos esses compostos vão parar naquela poeira comum, que se deposita nos móveis. O jeito é tentar manter a casa livre de poeira e tomar medidas que impeçam a entrada desses insetos. 

Animais¹


De fato, os pets trazem alegria para uma casa. No entanto, quem sofre com rinite alérgica deve manter uma rotina de limpeza ainda mais acurada, já que os animais domésticos também liberam componentes que pioram a alergia. No gato, o principal desencadeante é produzido pelas suas glândulas sebáceas e posteriormente secretado pela pele do animal. No caso dos cães, o mecanismo é o mesmo, porém menos potente. Outros animais, como os roedores – no caso, os hamsters – soltam proteínas altamente alergênicas. A boa notícia: há evidências de que, se houver exposição a esses animais ainda na infância, a chance de ocorrer alergias em outras fases da vida diminui consideravelmente. 

Pólen¹


Apesar de não ser um desencadeante comum nas grandes cidades, a alergia ao pólen acontece no Brasil e foi retratada com mais intensidade em Estados da região Sul do país, locais em que as estações do ano são mais definidas e há o cultivo do azevém-italiano (Lolium multiflorum), uma planta alergênica. No caso da alergia ao pólen, os sintomas costumam aparecer com mais intensidade entre outubro e dezembro. 

Cigarro¹


O cigarro faz mal à saúde de todos, mas é um problema a mais para quem tem rinite alérgica. A fumaça do tabaco agride o epitélio nasal, desencadeando ou tornando mais grave a alergia. Por isso, além de não fumar, evite ficar próximo a quem está com um cigarro aceso, esquivando-se de inalar a fumaça passivamente. 

Poluição¹


Os poluentes do ar são fatores que agravam as alergias respiratórias. A poluição proveniente da combustão dos combustíveis derivados do petróleo, principalmente aquela eliminada pelos automóveis nas grandes cidades, são capazes de agredir a mucosa do nariz. O diesel, combustível utilizado nos caminhões, também pode facilitar a adesão de partículas alérgenas no epitélio do trato respiratório, acentuando as alergias. 

Medicamentos²


No caso da urticária, alguns medicamentos comuns podem ser os responsáveis por desencadear uma crise ou até mesmo agravar uma que está em andamento. Fármacos, como ácido acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios não hormonais, podem provocar uma reação alérgica. Se notar piora durante o uso de algum medicamento prescrito por um médico, é importante conversar com o especialista sobre alternativas que possam tratar o problema de base sem desencadear alguma alergia. 

Picadas de insetos³


Quem sofre com urticária pode ter o problema agravado depois de levar picadas de insetos, como de mosquitos, pulgas ou carrapatos. Por isso, o ideal é evitar ir a lugares em que os insetos são frequentes. Se for inevitável, use repelente ou lance mão de alternativas, como mosquiteiros, além de garantir uma excelente limpeza no local para ter a certeza de que não há nenhum outro inseto presente. 

Sol


O astro-rei, cuja exposição com moderação faz tão bem à saúde, pode lamentavelmente ser um dos responsáveis por iniciar um processo na pele dequem sofre de urticária. Por esse motivo, evite exposição prolongada ao sol e proteja-se sempre que possível com protetores solares ou algum tipo de proteção física, como um guarda-sol. 

Alimentos


Frutos do mar, algumas frutas, determinados condimentos, além de leite e derivados, castanhas, chocolates, entre outros alimentos, podem também desencadear a urticária em pessoas mais sensíveis. Ao identificar que um alimento provoca a reação alérgica, evite consumi-lo.  


    1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL. III Consenso Brasileiro sobre Rinites. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. São Paulo. Nov.-dez. 2012. Disponível em: https://www.aborlccf.org.br/consensos/Consenso_sobre_Rinite-SP-2014-08.pdf. Acesso em: 10 nov. 2021. 


    2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOLOGIA. Alergia a Medicamentos. 6 jul. 2009. Disponível em: http://www.asbai.org.br/secao.asp?s=81&id=304. Acesso em: 10 nov. 2021. 


    3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Picadas de Inseto - Prurigo Estrófulo ou Urticária Papular. Departamento Científico de Dermatologia. Dez. 2016;(2). Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/12/Dermatologia-Picadas-de-Inseto-Prurigo.pdf. Acesso em: 10 nov. 2021. 


    4. RAIGOSA, María; TORO, Yuliana; SANCHEZ, Jorge. Urticaria solar. Reporte de un caso y revisión de la literatura. Rev. alerg. Méx., Ciudad de México. Set. 2017;64(3):371-375. Disponível em: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2448-91902017000300371. Acesso em: 10 nov. 2021. 


    5. CRIADO, Roberta F. G. et al. Urticárias. Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia. 2005;28(6):273-283. Disponível em: http://www.sbai.org.br/revistas/Vol286/urticarias.pdf. Acesso em: 10 nov. 2021. 


Leitura recomendada



ALLEGRA®️ (cloridrato de fexofenadina). Indicações: é um anti-histamínico destinado ao tratamento das manifestações alérgicas, tais como sintomas de rinite alérgica (incluindo espirros, obstrução nasal, prurido, coriza e conjuntivite alérgica) e urticária (erupção avermelhada e pruriginosa na pele). MS 1.8326.0359. O USO DO MEDICAMENTO PODE TRAZER ALGUNS RISCOS. Leia atentamente a bula. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. JAN/22. MAT-BR-2200814