Anti-histamínico: o que é, para que serve e quando tomar?

Já ouviu falar em anti-histamínico? E antialérgico? Ah, agora ficou mais simples, não é? Anti-histamínico é também chamado de antialérgico e trata-se de um medicamento usado para alívio dos sintomas da alergia1.
Saiba mais sobre a ação do anti-histamínico no corpo, a relação entre histamina e alergia e ainda a diferença entre os antialérgicos da primeira e os antialérgicos da segunda geração.
Muitos nomes complicados juntos? Siga com a gente que nós vamos traduzir tudo isso para você!
Afinal, o que é anti-histamínico?
Vamos começar o nosso pequeno dicionário. O anti-histamínico é um medicamento que age inibindo a ação da histamina, por isso recebe esse nome1.
E histamina, o que é? Pois bem, essa é uma substância do nosso organismo derivada de um aminoácido chamado histidina. A histamina fica estocada em células do nosso sistema imunológico. Durante uma reação alérgica, a histamina é liberada1,2.
No nariz, por exemplo, é a histamina que estimula as terminações nervosas sensoriais (coceira e espirros) e aumenta as secreções, como a coriza1,2. Na pele, ela dilata vasos e sua ação pode resultar em coceira, inchaço e vermelhidão1-3.

E agora, sim, voltamos aos anti-histamínicos! Eles atuam inibindo a ação dos receptores de histamina, que são proteínas do nosso organismo. Dessa forma, eles não irão afetar a produção da histamina em si, mas, sim, inibir a ligação a histamina ao receptor2.
Ou seja, o anti-histamínico atua quebrando essa cadeia, impedindo a histamina de agir e, assim, desencadear todos os sintomas das alergias2.
Vale ressaltar que a histamina interage com quatro diferentes receptores em nosso corpo: H1, H2, H3 e H4. Nosso foco, ao longo deste artigo, é falar principalmente dos receptores H1, muito envolvidos em diferentes processos alérgicos2.
Todo antialérgico é igual?
Pronto, explicações e definições feitas. Então você pode pensar que todo antialérgico, ou anti-histamínico, é igual e atua da mesma forma. Sim e não. Eles vão impedir a ação da histamina, como acabamos de explicar, mas isso não significa que todos vão agir do mesmo jeito e causar as mesmas reações.
Por isso é importante entender a diferença de um anti-histamínico da primeira geração para um medicamento da segunda geração. Eles atuam de maneiras diferentes no sistema nervoso central e, como resultado, um acaba tendo mais efeitos adversos que o outro2. Vamos explicar melhor!
Antialérgicos de primeira geração
Em geral, os anti-histamínicos de primeira geração, conhecidos como “clássicos”, são rapidamente absorvidos e metabolizados pelo corpo. Isso acaba fazendo com que o efeito passe mais rápido, o que exige que a pessoa tome de três a quatro doses diárias2.
Por terem fórmulas estruturais mais simples e serem altamente lipofílicos (que se dissolvem em lipídios), eles atravessam com mais facilidade a barreira hematoencefálica (BHE). Não se assuste com o nome complexo: ela é uma estrutura que tem como objetivo dificultar a passagem de substâncias do sangue para o sistema nervoso central2.
Justamente por atravessarem essa barreira, isso faz com que eles gerem o seu principal efeito colateral, que é a sedação - aquele clássico sono depois de tomar um antialérgico2.
Exemplos de substâncias de anti-H1 (como também são chamados esses antialérgicos) da primeira geração são dexclorfeniramina e hidroxizina2.
Antialérgicos de segunda geração
Nos últimos 20 anos, a ciência evoluiu e os anti-histamínicos evoluíram junto. Assim, foram sintetizados os anti-H1 de segunda geração, que são compostos com elevada potência e duração mais longa, o que lhes possibilita serem administrados em uma ou duas doses diárias2.
Seus efeitos adversos são mínimos. Eles dificilmente atravessam a barreira hematoencefálica, por exemplo. Com isso, raramente causam sonolência2. Está aí a prova de que nem todo anti-histamínico pode dar sono e que há muitos mitos e verdades sobre os antialérgicos.
No Brasil, há vários anti-histamínicos da segunda geração disponíveis para uso oral, entre eles a fexofenadina, composto presente no Allegra. É por isso que Allegra tem ação rápida e eficaz4, sem causar aquela sonolência incômoda na rotina4.

Quando e como usar um anti-histamínico?
Quando se tem um quadro de alergia, o anti-histamínico pode ajudar. Ele pode, por exemplo, aliviar a coriza e os espirros de uma rinite alérgica ou a coceira de um quadro de urticária1.
Quando falamos de Allegra, por exemplo, a indicação é para quadros de rinite alérgica e urticária4.
Apesar de serem vendidos sem a necessidade de uma prescrição médica, é importante falar com um especialista antes de tomar antialérgicos pela primeira vez e até mesmo para entender, por exemplo, se o seu nariz entupido é alergia ou gripe ou resfriado.
Também consulte um médico se você já estiver tomando outros medicamentos. Nesse caso, há o risco de os medicamentos influenciarem ou bloquearem um a ação do outro, impedindo o funcionamento adequado ou aumentando o risco de efeitos colaterais3.
Evite também ingerir álcool enquanto estiver tomando um anti-histamínico e, em caso de qualquer dúvida, verifique sempre a bula3.
Criança pode tomar antialérgico?
Sim, crianças também podem tomar antialérgicos. O Allegra pediátrico, por exemplo, foi feito pensando justamente nos pequenos. Ele é indicado para o tratamento da rinite alérgica em crianças a partir dos 2 anos de idade e para o tratamento de urticária a partir dos 6 meses5.
Por ser da segunda geração, ele não dá sono4 e, portanto, não prejudica o desempenho escolar6-10. Também não possui parabenos nem lactose e sua ação dura até 12 horas5.
Novamente, em caso de dúvida, consulte um médico para entender qual o quadro da criança e os melhores medicamentos para o seu caso. Saiba ainda quais os gatilhos de alergias para crianças.

E quem não deve tomar?
Grávidas ou mulheres amamentando, pessoas com alguma condição de saúde subjacente, como doença cardíaca, hepática, renal ou epilepsia, e aqueles que fazem uso de outros medicamentos devem também consultar um médico antes de tomar um anti-histamínico3.
*Bula do produto. Estudos não demonstraram associação do uso do produto com alteração no padrão do sono.
1. Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Material educativo. Disponível em: http://www.sbai.org.br/secao.asp?s=81&id=861. Acesso em 15 de março de 2023.
2. Nunes I. Novos anti-histamínicos: uma visão crítica. Jornal de Pediatria. Disponível em https://www.jped.com.br/pt-pdf-X2255553606030780. Acesso em 07 de março de 2023.
3. Antihistamines. NHS. Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/antihistamines/. Acesso em 07 de março de 2023.
4. Bula do produto. Estudos não demonstraram associação do uso do produto com alteração no padrão do sono. Disponível em https://www.allegra.com/pt-br/produtos. Acesso em 15 de março de 2023.
5. Allegra pediátrico. Site do produto. Disponível em: https://www.allegra.com/pt-br/produtos/infantil/allegra-pediatrico. Acesso em 07 de março de 2023.
6. Mansfield, LE. Fexofenadine in pediatrics: oral tablets and suspension formulations. Expert Opin. Pharmacother. 2008; 9(2):329-337. 3 -Graft DF et al. Safety of fexofenadine in children treated for seasonal allergic rhinitis. Ann Allergy Asthma Immunol 2001 ; 87 : 22 -6.
7. Blaiss MS; Allergic Rhinitis in Schoolchildren Consensus Group. Allergic rhinitis and impairment issues in schoolchildren: a consensus report. Curr Med Res Opin. 2004;20(12):1937-1952. doi:10.1185/030079904x13266.
8. Tanner LA, et al. Effect of fexofenadine HCL on quality of life and work, classroom, and daily activity impairment in patients with seasonal allergic rhinitis. Am J Managed Care 1999;5(Suppl.):S235-47.
9. Baharudin A et al. Using patient profiles to guide the choice of antihistamines in the primary care setting in Malaysia: expert consensus and recommendations. Ther Clin Risk Manag. 2019;15:1267-75.
10. Hindmarch I et al. A double-blind, placebo-controlled investigation of the effects of fexofenadine, loratadine and promethazine on cognitive and psychomotor function. Br J Clin Pharmacol. 1999;48:200-206.
Leitura recomendada
ALLEGRA® (cloridrato de fexofenadina). Indicações: é um anti-histamínico destinado ao tratamento das manifestações alérgicas, tais como sintomas de rinite alérgica (incluindo espirros, obstrução nasal, prurido, coriza, conjuntivite alérgica) e urticária (erupção avermelhada e pruriginosa na pele). MS: 1.8620.0010. O USO DO MEDICAMENTO PODE TRAZER ALGUNS RISCOS. Leia atentamente a bula. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Abril/23. MAT-BR-2301119.